quinta-feira, 7 de março de 2013

Espíritos da Floresta

( Este conceito foi inspirado pelos elfos de J. R. R. Tolkien )

Os espíritos da floresta são seus guardiões. Apesar de serem de fato criaturas materiais, são chamados espíritos por não serem, normalmente vistos pela maioria. Grande é a sua responsabilidade, ao ponto que cada um recebe, no momento em que é criado, um totem que o acompanha e é a fonte de seu poder. Cada totem tem seu poder específico para zelar por algo também específico na floresta.

Para entender melhor é preciso tomar conhecimento, em primeiro lugar, de como vêm ao mundo estas carismáticas criaturas. Apesar de sua cativante aparência seu nascimento ( se é que podemos chamar assim ) não é nada belo.


Estes espíritos não morrem ( outra boa razão para serem designados como espíritos ). Vivem centenas e raras vezes milhares de anos, mas seus corpos não envelhecem além da idade de 12 anos ( com exceção do casco que ainda cresce por algum tempo ). Apesar de toda sua vitalidade, em algum momento, observando tantos ciclos de vida começarem e acabarem, é inevitável que, sem perspectiva de nada além, a tristeza de se verem fechados neste mundo tome conta destas pobres criaturas.

E estas, que viveram em alegria durante toda sua vida, por fim, derramam uma lágrima. Este é o sinal de sua aposentadoria, por assim dizer. É por meio dessa lágrima que é criado outro espírito e, nesse momento, o totem deixa o ancião e é recebido pelo jovem. Não é preciso nenhuma educação, pois o totem carrega uma bagagem de conhecimento e vida maior do que se poderia imaginar. O ancião, assim se vê livre para se retirar para onde chamam cemitério, mas é, na verdade o lugar do repouso. Alí, os espíritos se escondem debaixo de seus cascos pedregosos formando imensas montanhas.

Tendo conhecido a bela e trágica vida dos guardiões da floresta, podemos ir adiante para a curiosa história de um em especial. Não se sabe de onde ele veio e os outros não encontravam nenhuma habilidade em especial, sendo que acabavam delegando trabalhos auxiliares diversos. Isso antes de completar 15 anos.

Após seus 12, poucos foram os que perceberam, mas ele continuou a envelhecer, mas aos 15 isso ficou muito evidente! E após o grande susto geral resolveram até comemorar, dali em diante, seus aniversários. Este espírito estrangeiro, como era chamado, tinha a habilidade de envelhecer! Todos ficaram esperançosos em talvez conseguir compartilhar de alguma forma desse dom, e ficavam imaginando qual não seria a sorte dos descendentes do estrangeiro se pudessem viver algumas poucas centenas de anos. Mas perceberam também que o totem também envelhecia.

Chegou, enfim, o dia em que pereceram o estrangeiro e seu totem. Foi um dia de grande tristeza, mas também de grande admiração. Muitos com poucas centenas de anos derramaram sua lágrima e passaram adiante seus totens para poder repousar.

Ainda hoje, entre estas adoráveis criaturas se recordam de tempos em tempos estes acontecimentos que se tornaram marcos para esta sociedade. Se antes não havia momento certo para um espírito derramar sua lágrima, agora já têm.

Muitos que já estão cansados se emocionam ao ouvir a história e ficam livres para repousar, apesar de alguns escolherem ficar um pouco mais observando os acontecimentos, como que uma despedida. Muitos outros porém, ainda com vigor recebem os contos como uma dose de pura vitalidade e esperança para se dedicarem aos seus afazeres.

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